quarta-feira, 7 de maio de 2008

Improvisando

Escrito por Zilá Muniz

“A improvisação, como um elemento da cultura afro-americana, particularmente muito utilizada na música, no Jazz, foi muito apreciada por artistas de vanguarda da década de 60 nos Estados Unidos, e foi deste contexto que foi retirada, para ser inserida no trabalho com dança pelos pós-modernos. A improvisação vem sendo utilizada na dança mesmo antes dos pós-modernos, mas o que vale ressaltar aqui, é que foi do contexto do Jazz que a mesma veio a ser identificada e retirada para ser utilizada com dança pelos pós-modernos.
Estes coreógrafos pós-modernos se apoderaram da improvisação como um poderoso símbolo de liberdade, ocupados tanto com a libertação, como com a autenticidade. Tanto a liberdade quanto a sabedoria do corpo, que se move através da intuição cinética do momento, são conceitos que se encaixam perfeitamente com o pensamento da dança pós-moderna.

A improvisação em dança, além de ser utilizada no formato de exercícios de regras e tarefas com o objetivo de desenvolver o potencial criativo do dançarino, aparece também como recurso coreográfico. Como uma maneira de desenvolver material e criar repertório em composição coreográfica.

Como parte do processo exploratório em composição tem finalidade de criar situações onde surgem novas associações de movimentos, explorando um vocabulário diferenciado, ou fazendo surgir novas conexões para um vocabulário já existente.”

(MUNIZ, Zilá. Improviso em dança. Um diálogo do corpo. p. 19 e 20).
Foto de Camila Lima

terça-feira, 6 de maio de 2008

Paisagens Corporais


Foto de Javier Venegas, do trabalho "Movimento para 6", tirada durante a apresentação de dezembro de 2007, no Centro de Artes - UDESC. Da esquerda para direita: Paula Bittencourt, Karina Degregório, Egon Siedler e Vicente Mahfuz.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Movimento para 6


“Movimento para 6” foi elaborado com direção e concepção de Zilá em colaboração com os intérpretes criadores Elisa Schmidt, Egon Seidler, Letícia Martins, Paula Bitencourt, Karina Degregório e Vicente Mahfuz. A iluminação foi feita por Camila Ribeiro. O trabalho mostra cenas que se desenrolam como um passeio através de paisagens construídas por estados corporais, traduzindo imagens corpóreas e traçando pontualmente momentos de vida. Nele são explorados estados de ser e de estar no mundo, que com a dança, fazem brotar a história de cada corpo em relação ao corpo do outro numa fértil e efervescente poesia corporal.
Foto de Javier Venegas . Diálogos corporais entre Letícia Martins e Elisa Schmidt.